domingo, 22 de abril de 2012

Quem sou eu?

Quem sou eu? 
(Claudia Bergamini)

Sou o vento que sopra manso e delicado,
que ao bater no rosto, toca a pele suave, sem fazer mal ou bem,
somente se faz sentir.

Sou a pedra que teima em não deixar brotar a   flor,
Sou memória do passado,
vivo, quente, latente...

Sou a história do homem que luta,
da mulher que chora,
da criança que sonha
do idoso que ainda labuta.

Quem sou eu?
Estrela com luz,
ou estrela sem brilho,
que seduz?

Tempo, vento, pensamento....
Tudo sou eu
e com o tempo
descubro-me ainda muito mais....

Sou força, luz, brilho,
que oscila entre a opacidade
e a brilhante força que me conduz ao palco.

Sou assim...
ponho-me a criar,  a imaginar
e a deixar que minha mente me
transforme em quem eu queira ser.

Cordel: Um cordel para Seu Pedro

Esse é o Seu Pedro, pescador de Itapoá, Santa Catarina, cujas ações me inspiraram a escrever o cordel abaixo.

Um cordel para Seu Pedro
(Claudia Bergamini)

Nas rimas que aqui seguem
Com gosto quero contar
Uma história diferente
De um homem que vive a pescar
No mar com seu barquinho
Que diante de tanta tecnologia
Mostra-se tão pequenininho
Mas não amedronta o dono
Que enfrenta mar adentro
Os perigos do oceano.

Um dia na praia eu estava
Lá em Itapoá
E um homem vi chegar
Seu nome, Pedro, ele me disse
Quando eu fui perguntar.
 Corria de um lado a outro
Ajudava a cada companheiro
A força e a simplicidade
Tomavam-no por inteiro

Mas intrigada eu fiquei
Por que se seu barco já chegara
Para que tanto correr?
Para auxiliar os que precisavam.
Seu Pedro então me disse
Ensinava-me uma lição
A vida no mar é brava
E tecnologia aqui não tem não


Cada barco que chega
É a vida de um irmão
Um parceiro que no mar
Vai em busca do pão.

Seu Pedro continuou dizendo
Que a vida na praia é difícil
No calor se divide espaço
Mas no inverno não se divide o frio
E os barcos para o mar vão
Na chuva, no sol e no frio
Para buscar o pão,
O sustento dos nossos filhos

Menina, preste atenção,
Disse-me seu Pedro, sério.
A vida de um pescador
Perigos encontra ao mar
Mas na areia há uma coisa
que só o pescador sabe dar:
auxílio a seu amigo
e o pão compartilhado
no sol, na chuva e no frio
o amor é nosso sustento diário. 


Crônica Um brinquedo para ser inventado


Um brinquedo para ser inventado
Ultimamente, ando a pensar nas brincadeiras de roda, na amarelinha, no trava língua, no
pega-pega, enfim... Percebi-me, horas a fio, recuperando da memória os jogos que eram, para as
crianças, símbolo de diversão.  
Os tempos, porém, são outros. A amarelinha foi perdendo lugar para as teclas do videogame; o pega-pega virou coisa do passado. Melhor é brincar de polícia e ladrão, um correr atrás
do outro de arma em punho e com o grito do policial na garganta: “Mãos ao alto!”, “Solte a arma!”.
Arma? Que arma? Onde estão os carrinhos de rolimãs, a bola para o futebol, o basquete
ou a queimada?
Nas últimas décadas, sobretudo, na primeira década do século XXI, as crianças deixaram
de perceber que a alegria pode vir de uma simples corrida ou de jogos do tempo de nossas avós.
Colocaram, nas mãos dos pequeninos, armas e lhes disseram que eram para o divertimento. Assim, foi preciso aprender a manusear os novos brinquedos, a se divertir com os novos
meios. Com o tempo, adolescentes, adultos e até crianças perceberam que podiam usar esses
brinquedinhos para roubar, para assustar e, assim fizeram, semeando medo por muitos lugares.
Quem teve a ideia de transformar arma de fogo em sinônimo de brincadeira não foi ‘um
sujeito genial’, como disse Drummond sobre o inventor do tempo em um de seus poemas.
A nós só nos resta esperança de que surja um inventor de brinquedos para criar um mais
do que especial, capaz de disparar beijos, abraços e amor ao próximo toda vez que for acionado.

Claudia Vanessa Bergamini

Como incentivar a leitura?


Não é nada fácil o papel do professor de Língua Portuguesa.... parece-me que toda a responsabilidade de formar um leitor recai no professor. Formar um leitor requer muito mais do que um professor que fale ou cobre leitura. Porém.... como nos resta essa parte da formação do aluno, precisamos criar caminhos que tornem esse processo o mais agradável possível. Eu elaboro projetos, leio em voz alta, comento os livros com bastante entusiasmo e, já que preciso cobrar, procuro usar atividades que desenvolvam a capacidade argumentativa do aluno, enriqueçam sua percepção crítica sobre o texto lido e auxiliem no processo de produção textual. As fotos são do julgamento da Capitu, personagem do livro Dom Casmurro que, há mais de um século, deixa em dúvida o leitor acerca do adultério cometido. Machado de Assis permite-nos considerá-la culpada ou inocente e a leitura, além de rica em detalhes e recursos textuais, torna-se foco de muita discussão, a ponto de fazermos um tribunal acusando Capitu ou absolvendo-a.

Sugestão para montagem de jornal com alunos do Fundamental II




Ano I – nº. 01
Outubro/2008 Londrina – PR

Quem somos nós?
É com grande satisfação que apresentamos a você, caro leitor, a primeira edição do Jornal Pinheiros. Trata-se de um jornal especial, pois contempla a irreverência de quem o produziu: os alunos da 5ª série da Escola Pinheiros. Nas reportagens, além de informação, há também um toque especial de humor. Confira!

Corinthians em Londrina

Por Lucas, Eduardo, Beatriz e Guilherme

O confronto entre Marília e Corinthians, dia 04 de outubro, pela 29ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, realizado no Estádio do Café, em Londrina,
Norte do Paraná, terminou com um empate. Porém, o Corinthians ainda é o líder da competição com 83 pontos, atrás dele vem o Vila Nova, com 51 pontos.





O Marília ainda continua na zona de rebaixamento e pode cair para a série C.

Tirando dúvidas...

A diferença de anorexia e bulimia

Por Débora Rossane e Aysha Kendra

A bulimia é um transtorno alimentar caracterizado     por episódios de excesso de alimentação, no qual o indivíduo come num curto espaço de tempo grande quantidade de alimentos como se estivesse com muita fome. A pessoa perde o controle de si mesmo e depois tenta vomitar ou evacuar o que comeu, com a finalidade de não ganhar peso. A anorexia é uma doença causada por um comportamento persistente em que o doente tem busca excessiva por magreza, tentando manter seu peso corporal abaixo dos níveis esperados para sua estatura, juntamente com uma percepção distorcida quanto ao seu corpo.
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Isso leva a pessoa a ver-se como “gordo” mesmo com todos a sua volta percebendo que está abaixo do peso. Mesmo magro ou muito magro, a pessoa insiste em perder mais peso.

Pesquisa de Opinião

A Escola Pinheiros e seus alunos

Por Vinicius Alcântara, Daniel Pizzaia, Carlos Emanuel e Marcos Vinicius.

Entrevistamos os alunos da Escola Pinheiros e constatamos que a professora favorita da escola é a Francine - professora de História e Artes. Além dessa entrevista, também perguntamos a opinião dos alunos sobre a escola e constatamos que ela é super legal. Por fim, descobrimos o porquê de a Educação Física ser a melhor matéria, pois nós conversamos somente de coisas legais e saímos todos os momentos, por isso, os alunos consideram a melhor matéria.

Dica de Cinema

Por Carlos Alberto, Paulo Sérgio, Carlos Emanuel e Marcos Roberto

O livro Harry Potter e o cálice de fogo, transformado em filme, conta a história de Harry Potter em uma escola de magia. O enredo é interessante, pois acontece em um torneio que se chama “Torneio Tribruxo”, em que só podem participar quem tiver mais de 17 anos. Nesse torneio, coisas estranhas acontecem como a participação de Harry (com 14 anos), o reaparecimento de Lorde Valdmort e a morte de Cedrico. É um filme com amor, aventura e emoção!
O retorno de Kaká

Por Lucas, Guilherme, Eduardo e Beatriz

O técnico da seleção brasileira, Dunga, se mostra feliz com o retorno do craque do Milan, Kaká, após 11 meses de afastamento. O treinador se mostrou feliz com a volta do jogador. Dunga disse que espera “que o Kaká volte a ser o Kaká. Nada mais do que isso, que ele jogue o futebol que todos nós conhecemos. Não tenho qualquer problema com ele. Kaká estava machucado e quando o jogador está machucado não tenho como convocar”. Agora é só esperar, e ver o craque brilhar nos campos novamente.
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Eleições 2008 –
Quem foi para o segundo turno em Londrina?

Por Nayara, Beatriz e Milena

Este ano a disputa de votos em Londrina foi muito grande, ficando para o segundo turno os candidatos Antonio Belinatti e
Luiz Carlos Hauly. Belinatti venceu com 36,38% dos votos e Hauly, com 23,6% dos votos.

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Dicas de Beleza


Por Renata Squarsa, Stéffany Burci e Nayara Queiroz

O rosto reflete a personalidade das pessoas, mas não existe mulher que esteja o tempo todo completamente feliz com o seu. Às vezes, o que incomoda são os olhos pequenos ou os lábios grossos demais. Por isso, atente-se para as dicas, para você ficar ainda mais bonita! 

Delineador – deve-se fazer um traço fino contornando tanto a parte superior quanto a parte inferior dos olhos.
Sombra – Para o uso de sombra durante o dia, basta apenas uma pequena dose de brilho em tons dourados, para quem tem a pele morena, ou rosa, se a pele for branca.
Blush - Uma boa maneira de aplicar o blush é sorrindo. Sorria e aplique somente sobre a parte pronunciada do seu rosto e nada mais.  

Momento de diversão

Por Vinícius Borges e Milena Beppu

Dois vizinhos estavam conversando e um deles pergunta:
- Barbosa, eu tenho 83 anos e estou cheio de dores e problemas. Você deve estar assim também. Como é que você se sente?
- Como um bebê!
- Como?
- É sim! Careca, sem dentes e acho que acabei de fazer xixi na calça.
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Uma velha estava subindo uma escada de 500 degraus. Qual é o nome do filme?
Missão impossível!
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Um menino tinha um gato que se chamava Tido. Ele sempre dormia num cesto. Aí, num belo dia, ele sumiu. Qual o nome do filme?
O cesto sentido! (O sexto sentido)

Cantinho Literário

Pensamentos
Poema de Déborah Rossane

Hoje acordei com pensamento Não sei se choro ou se lamento.
Era uma história estranha
Embolada como teia de aranha
Eu era pequenina
E de tudo tinha medo
E no baú do meu quarto
Havia um segredo
Eu, com muito medo,
Não descobri qual era o segredo!
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Te espero
Poema de Aysha kendra

Olho, não tem ninguém por perto
Fugi do mundo e do tempo.
Na lembrança, o teu perfume certo, sempre vem com o vento.
Na memória já enlouquecida
Apenas um sorriso que você deixou. Mas por que você apareceu na minha vida, se eu estava em paz, quando você chegou?
Pensamentos flutuam... Por que tem que ser assim?
Eu tenho medo de esquecer como é sonhar. Sentimentos que vou guardando só para mim. Enquanto isso, espero você voltar...

Alegria, alegria


Alegria, alegria
(Claudia Bergamini)

Alegria,
Cantemos com exaltação!
A quê?
ora, se as cidades não mais oferecem
O aconchego de outrora
Há roubo, morte, assassinato
Suspense é viver agora

Mas então
Cantemos a quê?
Se as cidades já não se cantam?
Podemos cantar a vida
Que explode como um sopro
Surge a cada dia
Surge a cada fôlego

Vida que rasga e vem
Vida que rompe barreiras
E que se mostra a cada dia
Como a dama a quem
Podemos dar
Alegria! Alegria!

E viva a miscigenação


E viva a miscigenação!

Vivemos em um país, cuja história se fez a partir da mistura de povos. Por muitos anos, brancos (sobretudo, portugueses) e índios conviveram, dando forma a uma nova raça. Um tempo depois, vieram os negros, infelizmente trazidos como escravos, sendo sua cultura quase sufocada pela do branco. Mas forte, sobreviveu!
Índios, negros e brancos deram origem ao que podemos chamar hoje de “nação brasileira”.
Quando nos olhamos, identificamos em nosso andar o do negro, o cabelo com cor que se assemelha a do cabelo do índio e a nossa pele, ao ser observada, tem um pouco de cada cor. Assim, somos parte do branco, do índio e do negro.
Nossos gostos musicais, nossa alegria, nossa comida e vestimenta são heranças fieis de nossos ancestrais e representam de que somos feitos.
Diante dessa realidade, como há lugar neste país para o preconceito racial? Como ainda há pessoas que se associam a outras com ideias de eugenia, acreditando ser possível existir uma raça pura em um país como o Brasil? Já não bastou o holocausto provocado por Hitler?
É com tristeza que o país, por meio dos noticiários, tomou conhecimento de jovens, os quais deixaram suas origens de lado e, no lugar, proferiram palavras amargas a nordestinos e a pessoas de uma classe social menos elevada.
Precisamos, definitivamente, entender que somos parte de cada ser humano deste país. Em nós, habitam italianos, japoneses, alemães, africanos, indígenas e é justamente por sermos feitos dessa mistura é que somos brasileiros, sendo ela quem nos individualiza como nação.
É tempo de assumir-se, é tempo de entender que o Brasil é rico culturalmente, porque herdou de africanos, indígenas e outros povos traços culturais e, por isso, necessitamos de dar viva à miscigenação!

Claudia Vanessa Bergamini
Formada em Letras pela UEL
Especialista em Literatura Brasileira pela UEL
Mestranda em Letras (Estudos Literários) pela UEL
Professora de Literatura da UNIFIL e do Colégio Londrinense. 

Poema O ser e a memória


O ser e a memória
(Claudia Bergamini)

Na memória, trago as imagens de muitos afagos
conquistados a partir dos sorrisos, das brincadeiras
dos tombos na queimada jogada na rua.

Trago imagens da menina que, um dia,
Acordou mulher...
Desabrochou!
Rosa de primavera
a exalar perfume por onde passa. 


Trago imagens da mocinha
Que na janela aguardava
a passagem do rapaz por quem se enamorara.

São tempos visíveis nas lembranças.
São flashes construídos em anos
de pés no chão e cabelos desarrumados.

Agora são obrigações, cuidados, relógio...
Vida que corre para a maturidade.
Vida que nasce com pouca vontade
de crescer e muita de reviver
as imagens que brotam na memória!

Poesia finalista no Concurso Ciranda de Poesia da cidade de Londrina 2011. 

Poema Menina


Menina
(Claudia Bergamini)

Nos olhos, traços parecidos como o doce do mel,
Na boca, palavras que soam suaves como o toque do veludo,
Na pele, a maciez da flor do pessegueiro,
Na voz, a firmeza do mais puro metal.

As dúvidas são de mulher insegura,
Os pensamentos, de menina necessitada de amor,
Os sonhos, de criança travessa ansiando por liberdade.

Menina,
Mulher,
Que oscila entre o doce e o amargo da vida,
Que respira as esperanças do céu,
Que expira as desventuras da terra.

Um olhar,
Um sorriso,
Uma palavra,
Não bastam para expressar
A grandeza do ser humano
Que habita em você!

Não bastam para demonstrar
Tua força
Tua forte essência
E teu jeito de ser única, pura, menina-mulher.


Escrito para uma pessoa muito especial em 01 de junho de 2011.


A luta pela expressão: a trajetória de um canto

A trajetória de um canto (Claudia Bergamini) A leitura de um cordel exige daquele que a realiza a percepção aguçada para engendr...