E viva a miscigenação!
Vivemos em um país, cuja história se fez a
partir da mistura de povos. Por muitos anos, brancos (sobretudo, portugueses) e
índios conviveram, dando forma a uma nova raça. Um tempo depois, vieram os
negros, infelizmente trazidos como escravos, sendo sua cultura quase sufocada
pela do branco. Mas forte, sobreviveu!
Índios, negros e brancos deram origem ao que
podemos chamar hoje de “nação brasileira”.
Quando nos olhamos, identificamos em nosso
andar o do negro, o cabelo com cor que se assemelha a do cabelo do índio e a
nossa pele, ao ser observada, tem um pouco de cada cor. Assim, somos parte do
branco, do índio e do negro.
Nossos gostos musicais, nossa alegria, nossa
comida e vestimenta são heranças fieis de nossos ancestrais e representam de
que somos feitos.
Diante dessa realidade, como há lugar neste
país para o preconceito racial? Como ainda há pessoas que se associam a outras
com ideias de eugenia, acreditando ser possível existir uma raça pura em um
país como o Brasil? Já não bastou o holocausto provocado por Hitler?
É com tristeza que o país, por meio dos
noticiários, tomou conhecimento de jovens, os quais deixaram suas origens de
lado e, no lugar, proferiram palavras amargas a nordestinos e a pessoas de uma
classe social menos elevada.
Precisamos, definitivamente, entender que somos
parte de cada ser humano deste país. Em nós, habitam italianos, japoneses,
alemães, africanos, indígenas e é justamente por sermos feitos dessa mistura é
que somos brasileiros, sendo ela quem nos individualiza como nação.
É tempo de assumir-se, é tempo de entender que
o Brasil é rico culturalmente, porque herdou de africanos, indígenas e outros
povos traços culturais e, por isso, necessitamos de dar viva à miscigenação!
Claudia Vanessa
Bergamini
Formada em Letras pela
UEL
Especialista em
Literatura Brasileira pela UEL
Mestranda em Letras
(Estudos Literários) pela UEL
Professora de
Literatura da UNIFIL e do Colégio Londrinense.
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